Protesto é contra a possibilidade de aumento da passagem de ônibus.
Centenas de pessoas participaram de marcha no Centro de Porto Alegre.
Um protesto na noite desta quinta-feira (23) em Porto Alegre terminou em vandalismo. Após cerca de 1h30 de marcha, pelo menos 5 contêineres de lixo e 2 parquímetros da EPTC foram queimados. Além disso, um grupo depredou uma banca de revista e quebrou a vidraça da CEEE. Um templo religioso e a fachada da Transurb foram pichados.
Segundo o Centro Integrado de Comando de Porto Alegre (Ceic), um total de cerca de 1,2 mil pessoas participaram da manifestação, que começou por volta das 18h com uma concentração perto da Prefeitura de Porto Alegre. Os manifestantes levaram faixas e bandeiras. Alguns foram mascarados. A marcha começou por volta das 19h25.
O grupo saiu do Paço Municipal, entrou na Avenida Júlio de Castilhos, passou pelo Túnel da Conceição e caminhou por um trecho da Osvaldo Aranha. Em seguida, os manifestantes entraram nas avenidas Salgado Filho e Borges de Medeiros e seguiram pela perimetral até a José do Patrocínio. O protesto terminou nas esquinas da José do Patrocínio com a Loureiro da Silva. Não houve confronto com a Brigada Militar.
Por volta das 21h15, nas esquinas da Avenida Loureiro da Silva com a Rua José do Patrocínio, líderes anunciaram em um caminhão de som que o ato estava sendo encerrado. Às 21h45, a EPTC liberou o trânsito na esquina da Avenida Loureiro da Silva com a Rua José do Patrocínio. Aos poucos, o grupo que permaneceu no local se dispersou.
O protesto foi contra a possibilidade de aumento da passagem de ônibus e contra o atual formato de proposta do governo para a Copa do Mundo 2014. Além disso, parte dos manifestantes carregava faixas que criticavam o prefeito José Fortunati por sua atuação no debate sobre territórios quilombolas na capital, que são áreas reivindicadas por famílias de descendentes negros.
O protesto foi organizado pelo Bloco de Lutas pelo Transporte Público. Entretanto, alguns partidos, o Movimento Levante da Juventude e o Movimento Negro Unificado participaram. Bandeiras de organizações de movimentos estudantis também foram vistas. Na concentração, um dos gritos entoados era: "1, 2, 3, 4, 5, mil, se aumentar a passagem nós paramos o Brasil".
Com o ato, comerciantes fecharam as portas dos estabelecimentos e receberam apoio de PMs. Por volta das 21h20, parte dos manifestantes sentou no chão, no meio da rua. Apesar da tensão, depois de alguns minutos o grupo levantou e se dispersou.
Após protesto, cerca de 10 manifestantes foram abordados pela Brigada Militar. Após serem revistados, foram liberados.
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