Planalto já adota estratégias para evitar que caos urbano reflita no resultado da eleição presidencial
A preocupação é latente e tomou conta dos gabinetes mais estrelados do Planalto. O temor não é só com uma nova onda de protestos pelo país tendo como mote os gastos com a Copa do Mundo, mas os reflexos do caos urbano no resultado da eleição presidencial. Se antes as manifestações eram espontâneas, agora estão sendo planejadas com um viés claramente político e eleitoral. Um dos objetivos é desgastar Dilma Rousseff.
Dentro do governo há uma certa incompreensão com os movimentos e com o ecumenismo que se formou da esquerda à direita nas redes sociais. Nas ruas, essa miscelânea ideológica dá forma a um monstro sem cabeça, mas altamente inflamável e que pode resultar na escalada da violência. E o pior: por conta da visibilidade da Copa, o Brasil vai estar sob o escrutínio do mundo inteiro.
— As manifestações voltarão com força total, com um impacto eleitoral indefinido diante de um ambiente provável de confusão e desestabilização eleitoral — prevê o cientista político da UnB Ricardo Caldas.
Antes de serem tomadas por black blocs e grupos de direita, as manifestações de junho contavam com o apoio da sociedade. É isso que o Planalto quer evitar, atuando para isolar os extremistas e deixar nos protestos só os grupos radicais, que assustam e têm o repúdio da classe média. O problema é que até agora os governantes não souberam dar vazão aos anseios de grande parte da população contrariada com os maus serviços públicos e a corrupção.
Para o professor de História da UFRJ Francisco Teixeira, apesar de serem grupos diferentes, o denominador que os une é a “ineficácia do Estado”:
— É uma nova fase dos protestos, mais organizada, sem a característica espontânea de antes.
Os últimos protestos em São Paulo e em Porto Alegre são só uma amostra do que os governos terão de atravessar, com prováveis reprises das cenas de vandalismo e brigas. Teixeira prevê prejuízos eleitorais para todos os governantes se o quadro de São Paulo, onde um jovem foi baleado, for reproduzido em outras capitais durante a Copa.
A capacidade de mobilização, porém, é uma incógnita. Especialistas ouvidos pelo Caderno Cultura, de ZH, publicado no sábado, não acreditam que haverá uma grande movimentação capaz de influenciar na eleição.
— Não vejo, por parte dos movimentos sociais e mesmo entre os partidos, uma estratégia capaz de levar o povo para as ruas e influir nas eleições — disse Roberto
Romano, professor da Unicamp.
Mas o Planalto segue atento. Um plano envolvendo as Forças Armadas e que prevê homens aquartelados nas cidades-sede da Copa foi montado, demonstrando o grau de preocupação do governo. O uso das tropas não é descartado. Será alternativa no caso de fracasso das forças policiais.
Com receio de prejuízos políticos, o Planalto mantém o discurso de respeito às manifestações sem violência, mas, nos bastidores, a postura diplomática é deixada de lado. Com o afunilamento do calendário eleitoral, o PT montou reuniões com donos de institutos de pesquisa para avaliar o comportamento do eleitorado. Não quer ser surpreendido. Ainda durante a viagem a Cuba, Dilma mandou recados dizendo que quem não percebe a importância do Mundial tem uma “visão pequena do Brasil”.
Varredura na web
O monitoramento das manifestações foi reforçado, com apoio da Polícia Federal e da Abin. Os relatórios são quase diários, com dados sobre mobilizações, como a greve dos rodoviários em Porto Alegre, e varreduras na internet — habitat de grupos difusos que reúne a ultraesquerda, a extrema direita com tintas militaristas e religiosas, black blocs e até servidores que protestam contra Dilma e o PT exibindo seus contracheques.
A presença da presidente é esperada para o dia 7 na inauguração do Beira-Rio, mas, se o clima na Capital continuar inflamável, é possível que a visita seja cancelada.
Nas redes sociais, extremistas de esquerda e de direta acabam se misturando. Declarações contra a Copa, por exemplo, aparecem tanto em páginas que defendem o transporte coletivo estatizado quanto em comunidades que exigem a intervenção militar contra o PT e o “comunismo”.
À espreita das ações desse exército de anônimos, estão os partidos de oposição, que nutrem a esperança de que mais uma vez a popularidade da presidente caia diante do recrudescimento das manifestações. Ricardo Caldas não acredita que eventuais votos que o governo venha a perder sejam carreados por PSB e PSDB.
Quem joga gasolina no incêndio são as siglas de extrema esquerda, que comandam grupos como o Bloco de Luta pelo Transporte Público. Militantes vinculados ao PSOL estiveram por trás da invasão à Câmara de Porto Alegre, mas seus dirigentes afirmam não apoiar atos de violência.
— O PT tinha a ilusão de que poderia tutelar os movimentos sociais. Não vamos inverter as coisas. As manifestações ocorrem porque alguém dá razão para elas. Há um disparate entre os gastos com a Copa e as necessidades das pessoas — afirma o senador Randolfe Rodrigues (AP), candidato do PSOL à Presidência.
*Colaborou Caue Fonseca
A estratégia dos aliados da presidente contra o desgaste
Apesar da aparente quebra de diálogo, os movimentos sociais ligados ao PT guardam distância dos protestos.
A postura é inversa à da Força Sindical, central satélite do partido Solidariedade e parte do projeto político do deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), que decidiu engrossar o caldeirão estimulando greves em todo o país ao mesmo tempo em que se aproxima do PSDB na corrida eleitoral. Já a CUT, o principal braço sindical do PT, se mantém em silêncio. Seus dirigentes só se pronunciam em encontros sindicais.
— Nas manifestações verdadeiramente sociais, a CUT está junto ou organizando. Agora, não podemos compactuar com esses protestos surgidos nas redes sociais ou mesmo com encapuzados destruindo o patrimônio público. A CUT não vai entrar nesse ti-ti-ti — diz um porta-voz da central.
O discurso é da boca para fora. A CUT, o MST e até a UNE – dominada pelo PC do B, partido que controla o Ministério do Esporte — estão mobilizados para agir como antídoto, apesar de algumas defecções na base acabarem engrossando os movimentos e as greves.
Em Porto Alegre, há militantes da CUT em litígio com a entidade e com o PT na greve dos rodoviários. Nos últimos protestos, uma integrante do coletivo Rebele-se, que tem como símbolo a estampa de Che Guevara, foi presa.
— Não é o papel da UNE ficar defendendo a Copa ou mesmo convocar estudantes para serem voluntários no evento. Os jogos não vão deixar legado algum, e os gastos desenfreados deveriam ser investidos em educação, na assistência estudantil — critica Katerine Oliveira, vice-presidente da UNE, que foi presa enquanto se refugiava em um hotel na Rua Augusta, em São Paulo, durante o protesto do último dia 25.
O próprio PT criou um exército nas redes sociais, disseminando o slogan #VaiTerCopa para servir de contraponto às manifestações. Na semana passada, secretários de comunicação do partido se reuniram para traçar estratégias contra os grupos conservadores da web, e o ex-presidente Lula usou o Facebook para criticar o jogo “rasteiro” da internet.
Já a Secretaria de Comunicação Social, que ganhou novo perfil, tem como focos a criação de uma campanha publicitária para defender a realização da Copa e a aproximação com blogs que fazem o enfrentamento na rede em favor do governo, algo reivindicado pelo partido.
É na internet que a multiplicidade de visões se difunde e ganha adeptos. Nesta ágora virtual, a verborragia principal é o #NãoVaiTerCopa, mas há espaço para tudo, com novas manifestações sendo programadas para fevereiro, sinal de que a situação está em ebulição. As vaias que Dilma tomou no Mané Garrincha não significarão nada, apenas uma remota lembrança, diante do estopim que se desenha no horizonte.
A tipificação dos protestos
Os integrantes das mobilizações são variados, confundem-se entre si e não raro entram em conflito uns com os outros por divergências ideológicas. Veja como estão distribuídos
Anarquistas
— Berço dos black blocs, este grupo é composto por integrantes muito jovens – de 92 presos pela PM de SP, em outubro, o mais velho tinha 23 anos. Agem infiltrados nas manifestações. Não há demanda clara. Com brados genéricos como o “não vai ter Copa”, atuam anônimos no enfrentamento com a polícia e na depredação de bancos e prédios do governo. Grupos de esquerda os classificam como “fascistas”.
Aparelhados
— Integram sindicatos ou agremiações de esquerda, já habituados a protestos contra prefeitos, governadores ou presidente, conforme o partido. Clamam por melhores serviços públicos e aumento salarial para servidores. Ao longo de 2013, foram criticados por dar tintas políticas às manifestações. Alguns grupos foram para a rua para oferecer um contraponto aos adversários do governo Dilma.
Idealistas
— Integrantes de grupos, como o Movimento do Passe Livre (MPL), deram origem aos protestos de junho. Definem-se como apartidários e fazem demandas mais objetivas, como o cancelamento do aumento das passagens ou o esclarecimento de casos como o do pedreiro Amarildo. Seguem atuantes no Rio, mas perderam força no resto do país.
Minorias
— Habituados a mobilizar eventos pacíficos em causa própria, como a Marcha das Vadias, engrossaram o caldo das manifestações de 2013. Vem desse grupo a maioria dos protestos contra o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Entre as bandeiras, estão a igualdade entre os sexos, os direitos dos homossexuais e o fim da violência contra a mulher. Entre eles, também existem grupos ligados à defesa ambiental.
Indignados
— Corrupção, gastos com a Copa e a precariedade dos serviços públicos são alguns temas lembrados pelo grupo que tomou o país em junho, mas arrefeceu. Entre eles, há quem prega nova intervenção dos militares contra o comunismo e o PT. Para o dia 22 de março, mobilizam em SP uma reedição da Marcha da Família, 50 anos depois do evento que antecedeu o golpe de 1964.
Religiosos
— Em geral evangélicos, mas também com a presença de alguns católicos, são grupos mobilizados por líderes religiosos contra a tramitação de projetos que envolvam temas caros às igrejas, como o aborto. Com facilidade, aderem aos milhares a protestos mobilizados por pastores ligados à política. Atuam para neutralizar os grupos de minorias.
Dentro do governo há uma certa incompreensão com os movimentos e com o ecumenismo que se formou da esquerda à direita nas redes sociais. Nas ruas, essa miscelânea ideológica dá forma a um monstro sem cabeça, mas altamente inflamável e que pode resultar na escalada da violência. E o pior: por conta da visibilidade da Copa, o Brasil vai estar sob o escrutínio do mundo inteiro.
— As manifestações voltarão com força total, com um impacto eleitoral indefinido diante de um ambiente provável de confusão e desestabilização eleitoral — prevê o cientista político da UnB Ricardo Caldas.
Antes de serem tomadas por black blocs e grupos de direita, as manifestações de junho contavam com o apoio da sociedade. É isso que o Planalto quer evitar, atuando para isolar os extremistas e deixar nos protestos só os grupos radicais, que assustam e têm o repúdio da classe média. O problema é que até agora os governantes não souberam dar vazão aos anseios de grande parte da população contrariada com os maus serviços públicos e a corrupção.
Para o professor de História da UFRJ Francisco Teixeira, apesar de serem grupos diferentes, o denominador que os une é a “ineficácia do Estado”:
— É uma nova fase dos protestos, mais organizada, sem a característica espontânea de antes.
Os últimos protestos em São Paulo e em Porto Alegre são só uma amostra do que os governos terão de atravessar, com prováveis reprises das cenas de vandalismo e brigas. Teixeira prevê prejuízos eleitorais para todos os governantes se o quadro de São Paulo, onde um jovem foi baleado, for reproduzido em outras capitais durante a Copa.
A capacidade de mobilização, porém, é uma incógnita. Especialistas ouvidos pelo Caderno Cultura, de ZH, publicado no sábado, não acreditam que haverá uma grande movimentação capaz de influenciar na eleição.
— Não vejo, por parte dos movimentos sociais e mesmo entre os partidos, uma estratégia capaz de levar o povo para as ruas e influir nas eleições — disse Roberto
Romano, professor da Unicamp.
Mas o Planalto segue atento. Um plano envolvendo as Forças Armadas e que prevê homens aquartelados nas cidades-sede da Copa foi montado, demonstrando o grau de preocupação do governo. O uso das tropas não é descartado. Será alternativa no caso de fracasso das forças policiais.
Com receio de prejuízos políticos, o Planalto mantém o discurso de respeito às manifestações sem violência, mas, nos bastidores, a postura diplomática é deixada de lado. Com o afunilamento do calendário eleitoral, o PT montou reuniões com donos de institutos de pesquisa para avaliar o comportamento do eleitorado. Não quer ser surpreendido. Ainda durante a viagem a Cuba, Dilma mandou recados dizendo que quem não percebe a importância do Mundial tem uma “visão pequena do Brasil”.
Varredura na web
O monitoramento das manifestações foi reforçado, com apoio da Polícia Federal e da Abin. Os relatórios são quase diários, com dados sobre mobilizações, como a greve dos rodoviários em Porto Alegre, e varreduras na internet — habitat de grupos difusos que reúne a ultraesquerda, a extrema direita com tintas militaristas e religiosas, black blocs e até servidores que protestam contra Dilma e o PT exibindo seus contracheques.
A presença da presidente é esperada para o dia 7 na inauguração do Beira-Rio, mas, se o clima na Capital continuar inflamável, é possível que a visita seja cancelada.
Nas redes sociais, extremistas de esquerda e de direta acabam se misturando. Declarações contra a Copa, por exemplo, aparecem tanto em páginas que defendem o transporte coletivo estatizado quanto em comunidades que exigem a intervenção militar contra o PT e o “comunismo”.
À espreita das ações desse exército de anônimos, estão os partidos de oposição, que nutrem a esperança de que mais uma vez a popularidade da presidente caia diante do recrudescimento das manifestações. Ricardo Caldas não acredita que eventuais votos que o governo venha a perder sejam carreados por PSB e PSDB.
Quem joga gasolina no incêndio são as siglas de extrema esquerda, que comandam grupos como o Bloco de Luta pelo Transporte Público. Militantes vinculados ao PSOL estiveram por trás da invasão à Câmara de Porto Alegre, mas seus dirigentes afirmam não apoiar atos de violência.
— O PT tinha a ilusão de que poderia tutelar os movimentos sociais. Não vamos inverter as coisas. As manifestações ocorrem porque alguém dá razão para elas. Há um disparate entre os gastos com a Copa e as necessidades das pessoas — afirma o senador Randolfe Rodrigues (AP), candidato do PSOL à Presidência.
*Colaborou Caue Fonseca
A estratégia dos aliados da presidente contra o desgaste
Apesar da aparente quebra de diálogo, os movimentos sociais ligados ao PT guardam distância dos protestos.
A postura é inversa à da Força Sindical, central satélite do partido Solidariedade e parte do projeto político do deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), que decidiu engrossar o caldeirão estimulando greves em todo o país ao mesmo tempo em que se aproxima do PSDB na corrida eleitoral. Já a CUT, o principal braço sindical do PT, se mantém em silêncio. Seus dirigentes só se pronunciam em encontros sindicais.
— Nas manifestações verdadeiramente sociais, a CUT está junto ou organizando. Agora, não podemos compactuar com esses protestos surgidos nas redes sociais ou mesmo com encapuzados destruindo o patrimônio público. A CUT não vai entrar nesse ti-ti-ti — diz um porta-voz da central.
O discurso é da boca para fora. A CUT, o MST e até a UNE – dominada pelo PC do B, partido que controla o Ministério do Esporte — estão mobilizados para agir como antídoto, apesar de algumas defecções na base acabarem engrossando os movimentos e as greves.
Em Porto Alegre, há militantes da CUT em litígio com a entidade e com o PT na greve dos rodoviários. Nos últimos protestos, uma integrante do coletivo Rebele-se, que tem como símbolo a estampa de Che Guevara, foi presa.
— Não é o papel da UNE ficar defendendo a Copa ou mesmo convocar estudantes para serem voluntários no evento. Os jogos não vão deixar legado algum, e os gastos desenfreados deveriam ser investidos em educação, na assistência estudantil — critica Katerine Oliveira, vice-presidente da UNE, que foi presa enquanto se refugiava em um hotel na Rua Augusta, em São Paulo, durante o protesto do último dia 25.
O próprio PT criou um exército nas redes sociais, disseminando o slogan #VaiTerCopa para servir de contraponto às manifestações. Na semana passada, secretários de comunicação do partido se reuniram para traçar estratégias contra os grupos conservadores da web, e o ex-presidente Lula usou o Facebook para criticar o jogo “rasteiro” da internet.
Já a Secretaria de Comunicação Social, que ganhou novo perfil, tem como focos a criação de uma campanha publicitária para defender a realização da Copa e a aproximação com blogs que fazem o enfrentamento na rede em favor do governo, algo reivindicado pelo partido.
É na internet que a multiplicidade de visões se difunde e ganha adeptos. Nesta ágora virtual, a verborragia principal é o #NãoVaiTerCopa, mas há espaço para tudo, com novas manifestações sendo programadas para fevereiro, sinal de que a situação está em ebulição. As vaias que Dilma tomou no Mané Garrincha não significarão nada, apenas uma remota lembrança, diante do estopim que se desenha no horizonte.
A tipificação dos protestos
Os integrantes das mobilizações são variados, confundem-se entre si e não raro entram em conflito uns com os outros por divergências ideológicas. Veja como estão distribuídos
Anarquistas
— Berço dos black blocs, este grupo é composto por integrantes muito jovens – de 92 presos pela PM de SP, em outubro, o mais velho tinha 23 anos. Agem infiltrados nas manifestações. Não há demanda clara. Com brados genéricos como o “não vai ter Copa”, atuam anônimos no enfrentamento com a polícia e na depredação de bancos e prédios do governo. Grupos de esquerda os classificam como “fascistas”.
Aparelhados
— Integram sindicatos ou agremiações de esquerda, já habituados a protestos contra prefeitos, governadores ou presidente, conforme o partido. Clamam por melhores serviços públicos e aumento salarial para servidores. Ao longo de 2013, foram criticados por dar tintas políticas às manifestações. Alguns grupos foram para a rua para oferecer um contraponto aos adversários do governo Dilma.
Idealistas
— Integrantes de grupos, como o Movimento do Passe Livre (MPL), deram origem aos protestos de junho. Definem-se como apartidários e fazem demandas mais objetivas, como o cancelamento do aumento das passagens ou o esclarecimento de casos como o do pedreiro Amarildo. Seguem atuantes no Rio, mas perderam força no resto do país.
Minorias
— Habituados a mobilizar eventos pacíficos em causa própria, como a Marcha das Vadias, engrossaram o caldo das manifestações de 2013. Vem desse grupo a maioria dos protestos contra o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Entre as bandeiras, estão a igualdade entre os sexos, os direitos dos homossexuais e o fim da violência contra a mulher. Entre eles, também existem grupos ligados à defesa ambiental.
Indignados
— Corrupção, gastos com a Copa e a precariedade dos serviços públicos são alguns temas lembrados pelo grupo que tomou o país em junho, mas arrefeceu. Entre eles, há quem prega nova intervenção dos militares contra o comunismo e o PT. Para o dia 22 de março, mobilizam em SP uma reedição da Marcha da Família, 50 anos depois do evento que antecedeu o golpe de 1964.
Religiosos
— Em geral evangélicos, mas também com a presença de alguns católicos, são grupos mobilizados por líderes religiosos contra a tramitação de projetos que envolvam temas caros às igrejas, como o aborto. Com facilidade, aderem aos milhares a protestos mobilizados por pastores ligados à política. Atuam para neutralizar os grupos de minorias.
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